Superaquecimento dos freios: O que fazer para evitar?

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Atenção redobrada em descidas de serras ou montanhas


Você já deve ter percebido que, quando há notícias de acidentes com caminhões, pode acontecer de ocorrer também o estouro dos pneus do veículo. Essa não é uma simples coincidência, mas sim uma consequência que ocorre em função do superaquecimento dos freios. O sistema de freios é composto principalmente por lonas e tambores e devido ao aumento excessivo da temperatura dos componentes, consequência do atrito gerado pelo acionamento contínuo e repetitivo do pedal, pelo condutor, o sistema perde eficiência.

Além disso, o calor se espalha e pode causar danos a outras peças do sistema, como pneus, câmaras de ar, guarnições de válvulas e núcleos. Pois é, o aquecimento dos freios é coisa séria e, além de aumentar o risco de acidentes, danifica pneus e demais componentes do caminhão. Na prática, isso significa riscos sérios à segurança do condutor e demais motoristas na via e custos expressivos para a frota.

Então, o que fazer para evitar essas situações? Saiba mais sobre como a temperatura afeta os freios do veículo e como evitar que aumente em excesso.

O que causa o aquecimento dos freios


Antes de mais nada, é importante entender que o superaquecimento dos freios ocorre, na verdade, por um conjunto de fatores ao invés de um isolado. A ALAPA (Associação Latino-Americana de Pneus e Aros), separa esses fatores em dois grupos: operacionais e manutenção.

Um fator operacional, que tem alta influência na conservação dos freios é o transporte com peso excessivo. Pode não parecer, mas essas são situações em que a energia cinética do veículo tem grande aumento, que é dissipado nos freios quando são acionados e aí ocorrem as grandes temperaturas neles. Isso sem falar no aumento da distância de parada, que exige mais do sistema do caminhão. Por fim, a velocidade excessiva ou até incompatível com as condições do tráfego também força excessivamente os freios e, por isso, gera maior dissipação de calor.

Já no caso dos fatores relacionados à manutenção, a principal questão envolvida é a regulagem, seguido pelo estado geral dos componentes do sistema de freios, que se não estiverem adequados, fazem com que os riscos de acidente aumentem consideravelmente. Por isso, é essencial que a manutenção seja feita para garantir a segurança e vida útil dos freios, pneus e demais componentes do caminhão.

Cuidados com o sistema de freios


Deu para perceber que existem vários fatores em jogo quando o assunto é o desempenho dos freios, não é? Felizmente, a ótima notícia é que algumas boas práticas ajudam bastante na hora de manter o bom estado e integridade deles.

Por exemplo, as lonas dos freios devem ser reguladas de forma que não tenham contato com o tambor de freio sem o acionamento do pedal, pelo motorista, enquanto o veículo roda – e fique atento, pois essa é uma regulagem que deve ser feita com o eixo erguido.

As válvulas de alívio também merecem atenção, porque descarregam o ar que fica nas câmaras de freio após a liberação do pedal. Se não funcionam corretamente, os freios são aplicados por mais tempo do que o desejado e causam calor e desgastes desnecessários, então vale a realização de verificações periódicas nestes componentes.

Entretanto, não pense que apenas a atenção às peças é suficiente para garantir que os freios não irão superaquecer, pois o cuidado do motorista é muito importante para evitar este tipo de situação, principalmente quando se trata de descidas de serras ou montanhas.

Confira alguns passos para descer em segurança:

– Reduza a velocidade;
– Sempre desça engrenado;
– Utilize, na descida, a mesma marcha usada para subir;
– Mantenha distância dos outros veículos;
– Lonas e tambores em mau estado, prejudicam a ação dos freios, e podem danificar outras peças do sistema;
– Excesso de peso, além de provocar o superaquecimento e o desgaste prematuro do sistema, exige que a distância de paradas seja aumentada;
– Atente-se para vazamentos no sistema de freios de serviço, e em caso de emergências, acione a alavanca do freio de estacionamento gradativamente para não sofrer parada brusca;
– O uso excessivo dos freios pode causar perda de eficiência de frenagem, portanto dê preferência ao freio-motor;
– Evite a parada completa do veículo imediatamente após uma descida de serra. O uso constante dos freios e o atrito prolongado entre lonas e tambores eleva a temperatura do conjunto, e, consequentemente, dos pneus. A parada completa do veículo, faz com que os pneus percam capacidade de resfriamento natural, ou seja, pelo fluxo de ar atmosférico que os envolve.

Também não é uma boa ideia abusar no uso do freio do semirreboque ou usar marchas incorretas na hora de descer serras. Por fim, não se esqueça de respeitar sempre os limites de carga e de velocidade estabelecidos, combinado?

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Fonte: ALAPA